sábado, 23 de abril de 2011

DE VOLTA....













Sou eu que chego tão sem cerimônia

Desfazendo as malas da viajem tão longa,

Que fiz ao fundo do teu coração.

Quanta mágoa encontrei,

Esbarrei no alagado da indiferença

Quase me afoguei tentando a travessia.

Oh... Amor meu matei minha sede,

Na cacimba rasa do amor pouco.

Vi que sou apenas visitante indiscreta

De lugar tão lindo, tão cheio de poesia,

Local de posseira documentada, de alma pura,

Mas vi que também sou dona de poderoso dom,

O dom da sapiência que adquiri no longo dos meus dias.

Oh... Quão poderosa é minha vontade,

Que desfaz facilmente todo o peso da idade

E me torna a mulher farta de amores

De terras longe, bem longe das tuas.

[Marilda Amaral]

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